sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Voz alguma
quando quero falar, me calam!
quando me calo, é porque não falei
quando berro: cala-a-boca,
que eu ainda não terminei
o silêncio é escuro
minha voz tá muito fraca
meu grito é um sussurro
quero ser a voz, que mata, de uma matraca
se fico tagarela,
minha consciência gela
debruço-me na janela
e fico com um nó em minha goela
choro de noite no escuro
engulo a seco um grande berro
não ronco nem murmuro
e o meu erro... é, às vezes erro!
sons da vizinhança
nenhuma esperança
choro de qualquer criança
lembrei daquela trança
solidão que não descansa
e a vida dança
e a vida dança
e a vida dança
e a vida da vizinhança
e a vida da esperança
e a vida da criança
e a vida daquela trança
e a vida que não descansa
e a vida dança
e a vida dança
e a vida dança
Dênis Goyos
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3 comentários:
Êita menino talentoso! Já não basta ser um bom ator, um bom clown, agora o bom poeta vai chegando de mansinho.
Amei!
E por que parou de escrever, hein?
Tô esperando pelo próximo post.
Beijos ansiosos.
Lindo, como o Dênis.
bjo, Manu
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