Parece que a dona da elegante casa, sentiu-se incomodada com a nossa presença e, para nos espantar, ligou seu aparelho de som, em volume alto, tocando alguma sinfonia de Beethoven. Tola! Ela mal sabia que nesta turma todos apreciam música clássica - para nós a música só valorizou a paisagem, deixando-a ainda mais bela.
Ouvindo aquela música e olhando aquela paisagem, me senti contaminado por uma grande alegria e fui tomado por uma enorme necessidade de me expressar. Logo a nossa frente, havia um pequeno riacho que desaguava no mar e algumas pedras grandes, foi lá que me atirei dançando. Eu dançava ao som de Beethoven num estilo “nova dança” ou “contato e improvisação”... essas danças modernas.
Meus companheiros que estavam tirando o cochilo, acordaram (menos a Manu que tem sono de pedra) para apreciar aquele show único. Dediquei o número a Angélica, como presente, pois ela estava aniversariando naquele mesmo dia.
Que sucesso! Eu, de sunguinha, pulando naquela água; dando cambalhotas e piruetas; interagindo com a areia, a água e as pedras, no mais belo cenário construído pela Mãe Natureza e acompanhado por uma inspiradora trilha sonora.
Risos, gargalhadas e aplausos, era a manifestação da minha seleta platéia, até que fui interrompido pela dona da casa, que veio chamar minha atenção com seu carregado sotaque carioca:
- Querido! Não querendo atrapalhar. A sua performance esta ótima, mas este rio tem MERDA pra CARALHO!
Para um clown, o grand finale não poderia ser melhor: triangulei com a platéia e me atirei no mar para me lavar.
Só escutei o Léo gritando pra mim:
Continua... Não percam a parte final das férias do Ap.4
Um comentário:
Hahaha, posso ver a sua sobrancelha encurvando bem na hora da triangulação.
Postar um comentário