quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Férias do ap.4 - Parte I: Destino Bragança Paulista

Final de ano, me preparo para viajar: abro meu guarda-roupa, encho a mala com roupas que na maioria não usarei no neste verão (por segurança, sempre carrego na mala um agasalho moleton, uma calça jeans e aquele sleep, que comprei nos Alpes Suiços). Levo todos meus pares de meia e todas minhas cuecas, inclusive aquela que reservei especialmente para virada do ano. Fecho todos os armários, desligo o bico do gás, deixo a geladeira zerada e desligada, as janelas bem fechadas, tranco a porta frente do ap. 4, que confiro 7 vezes antes de partir... Pronto! Malas no carro, eu no carro, combustível no carro! Agora é pé na estrada!

Parecia uma fuga louca e desenfreada. Eu fugindo desta cidade caótica e estressante, onde tenho muitos amigos e ao mesmo tempo é muito comum não encontrar ninguém por meses. Meu primeiro refúgio era a casa dos meus pais em Bragança Paulista, onde costumo passar o natal (detalhe, meus pais saíram de férias, foram passar o fim de ano na casa da minha irmã na França). Mesmo sem meus pais em Bragança, fui para lá, tenho outros dois irmãos que moram lá, duas sobrinhas lindas e sou o padrinho do mais novo varão da família, o Pedrinho, um bebezão de apenas cinco meses.

Tem também a casa minha tia Bernadete, onde passei algumas tardes jogando vídeo-game com meu primo Jonas, de 14 anos e, antes de eu viajar para Ubatuba, carreguei meu MP3 com músicas que meu primo Tobias (irmão mais velho do Jonas, com 16 anos) tinha baixado no seu computador. Teve uma noite em que apareceram uns amigos do meu tio Maurão, para fazerem uma cantoria. Foi muito divertido, até gravei em meu mp3 um trecho desta seresta e tentei publicar aqui, mas como vocês podem ver algo deu errado e o player pirou, quando eu conseguir consertar o problema publico novamente o “concerto”.





Foi lá em Bragança que passei a noite de Natal, a ceia foi na casa do meu irmão Douglas, que quis inaugurar a sala da sua casa que acabara de pintar e colocar janelas, só faltava o piso – melhor assim, pois a Beatriz poderia andar com a bicicleta que ganhou do Papai Noel pela sala sem levar bronca de ninguém. Depois de cearmos, minha sobrinha Bárbara, que tem oito anos, praticamente obrigou a mim e meus primos (o Tobias e o Jonas) a jogar “topa ou não topa”, um jogo que ela ganhou de presente de natal – melhor assim, pois ela também havia ganhado um super-estojo de maquiagem e... ah, vocês não imaginam o que a Bárbara poderia fazer conosco caso ela quisesse brincar de maquiadora!


No almoço do dia 25 fui com meus primos, minha tia Bernadete e meu tio Maurão para Sumaré, na casa da minha outra tia que é a minha madrinha de batismo, a tia Célia. Estavam lá meus outros primos e suas esposas, o Vitor e a Kátia com as suas duas filhinhas bem japonesinhas, o Gustavo e a Tati e a Isabela com seu noivo Rodrigo. Também estavam lá alguns amigos da família do noivo, inclusive o padrinho de crisma do Rodrigo que preparou uma deliciosa leitoa desossada (ela parecia intacta, não dava pra entender por onde tiraram os ossos). Foi uma grande aventura grastronômica, além da saborosa leitoa desossada havia também o tradicional capeletti que minha madrinha sempre faz no natal. E para refrescar, tomei acidentalmente uma cerveja especial que estava reservada ao meu tio e padrinho Toninho, ele a tinha guardado estrategicamente na geladeira para que só ele a tomasse, pois era única, mas minha tia me deu a tal cerveja equivocadamente – e, de fato, esta cerveja era muito boa.


Neste dia, ainda fomos tomar um chá digestivo na casa do Vitor. Conhecem aquele chá amargo, o ban-chá? Pois então, se o ban-chá já é ruim sem nenhum incremento imagine este que era misturado com algum tipo de arroz... Eca! O sabor era indescritível, mas mesmo assim tomei três xícaras.


Sei que isto está parecendo redação de férias imposta pelas professoras do primário. De fato nunca escrevi uma boa história de férias quando era criança, eu odiava a obrigação de escrever sobre as férias, principalmente quando não viajava. Hoje, talvez por não ter a obrigação de escrever e por ter feito estas pequenas viagens, encontrando meus familiares ou, mais adiante quando irei contar sobre o reveillon que passei em Ubatuba com meus amados amigos e outras pessoas incríveis que conheci por lá, resolvi escrever sobre estas férias... Ou melhor dizendo, sobre este verão – pois um ator não tem férias, tem falta de trabalho!

Continua...

5 comentários:

Thaïs disse...

Dênis essa sua histora esta tao boa que se sua professora do primario lesse, daria nota 10, pena que ja é tarde demais. Fiquei com agua na boca dessa leitoa inteira e sem osso e mesmo que por aqui nos gelos dos alpes tenhamos passado um natal bem bacana, com certeza faltou o tio Dênis.

(ah, nao tem acento no meu texto porque o teclado desse meu computador ta tudo em francês, ainda bem que a sua professora do primario nao vai corrigir!)

Anônimo disse...

Pô Dênis! Quanto masoquismo! Além de ator desempregado que mora em Sampa ainda tomou três xícaras (das grandes!) de um chá que achou amargo! Pior que isso só se decidir seguir a carreira de docente como grande parte da nossa família! Aí é caso de internação urgente!
Quanto a tal leitoa... O legal é que agora a Bela casou com o Rodrigo então vai acabar virando mais uma tradição de família (como o capeletti da minha mãe)!! Não vai ter chá que resolva no próximo Natal!
Grande abraço!

Anônimo disse...

Dênis,ainda bem que além de tia madrinha eu fui sua professora de português(5ªsérie,lembra-se?).Valeu
E quanto aos meses que você fica sem ver os amigos,apareça.Estou em Sumaré(por enquanto), você já sabe o caminho.Não prometo um capeleti, mas posso providenciar um leite com chocolate para beber de canudinho.
Um abraço grande!Deus o abençoe!(afinal sou madrinha)

Unknown disse...

Ai, Dênis, esse texto dá uma saudade de Bragança, principalmente porque tem tantas crianças. Muito legal! Bjs, Marília

Moon Safari disse...

Que história bonitinha!
Se eu fosse sua professora, deixaria você ser o ajudante da semana.
Gostei da imagem do(a) porquinho(a).

Feliz 2008 e bjo.